A possível utilização de uma “candidata-laranja” para a disputa de vagas na Câmara Municipal de Nova Era pode derrubar dois vereadores eleitos do PL nas eleições deste ano.
O Ministério Público Eleitoral constatou que a candidata Rosa Maria Vilar Mendes teve apenas um voto, não fez campanha e não recebeu recursos financeiros do partido.
Como punição, o promotor Bruno Yogui pede que dois vereadores eleitos pelo PL, Ronaldinho do Lanche e Welton Contador, não sejam diplomados, porque eles podem ter sido beneficiados pela possível fraude.
O Ministério Público pede também que Rosa e o presidente da legenda, Luciano Ferreira, fiquem inelegíveis por oito anos.
Para o Ministério Público, a fraude consistiu no registro de candidatura fictícia, a fim de se cumprir a cota de gênero, que determina que cada partido ou coligação deve preencher, nas eleições proporcionais.
O PL de Nova Era registrou 10 candidatos, sendo 7 homens e 3 mulheres. No entanto, Rosa Maria teve votação inexpressiva, além de não ter recebido nenhuma doação em espécie do partido político.
O MPMG afirma que a falta de movimentação financeira nas “campanhas eleitorais” da candidata fictícia reforça que houve ato fraudulento.